3º Domingo do Advento: “Que devo fazer?”

Nos primeiros dois domingos falava-se de uma estrada que devemos abrir no deserto (coração humano) para a chegada do Messias. Essa estrada é sinônimo de conversão. Hoje o Evangelho responde à pergunta que normalmente nasce de um coração arrependido e com boa vontade: “Que devo fazer?” Todos devem fazer-se essa pergunta. Mas cabe a cada um corrigir seu próprio caminho para que se encontre pessoalmente com o caminho do Senhor. João Batista dissera na pregação: “Fazei dignos frutos de conversão” (v. 8). Sempre a conversão. Sempre uma conversão vista como dinâmica e fecunda. O povo, que o escutava com simpatia, quer saber que coisa concreta deve fazer para que se produzam esses frutos. João dá alguns exemplos. Na segunda parte do trecho que lemos hoje, vemos que o maior de todos os frutos produzido pela conversão é o reconhecimento de Jesus de Nazaré como Messias, que vem na força do Espírito de Deus, repartindo com o convertido o mesmo Espírito Santo. Novamente nos são lembradas as duas vindas do Messias: a do Natal e a do Juízo final. As duas vindas são motivo de alegria, tema fortemente presente na Liturgia de hoje, particularmente nas duas primeiras leituras e no salmo responsorial (Is 12,2-6).

Frei Clarêncio Neotti, OFM

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