Paz e Bem!
Depois de termos vivido o Sábado Santo, no silêncio da expectativa de um grande acontecimento, nossa paróquia se reuniu com muita alegria, liberdade e esperança para celebrar a Vigília Pascal. Nesta Noite Santa na qual nos reunimos para recordar a salvação oferecida pelo Pai a nós, em seu Filho Jesus, a Igreja convida seus filhos presentes em toda a terra a celebrar o mistério de nossa fé. Que a luz do Senhor dissipe as trevas do nosso coração e ilumine nossa comunidade eclesial e a sociedade na busca da paz pela prática da justiça.
A missa foi presidida pelo pároco frei Vanderlei Neves e concelebrada pelos demais frades da fraternidade paroquial e os freis do Convento da Penha. A celebração se iniciou com a benção do fogo e a benção e acendimento dos círios das dez comunidades, seguido de procissão luminosa, com as luzes da igreja apagadas e acendimento das velas dos fiéis e teve início a Proclamação da Páscoa.
A homilia foi feita por frei José Clemente Müller que iniciou saudando a todos, lembrando que era noite da Páscoa, noite da Ressurreição.
Lembrou a passagem em 1 Coríntios 15, 14-15, que diz: Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e é vã a vossa fé. E em nós aparecemos ainda como falsas testemunhos de Deus, porque contra Deus afirmamos que Ele ressuscitou a Cristo.
Lembrou literaturas que falam de uma realidade que a Bíblia não fala, mas está dentro de nosso Credo: “Foi condenado por Pôncio Pilatos, morto, sepultado e desceu a mansão dos mortos”. Conta assim a história, que domingo à tarde da ressurreição, estavam todos perplexos no cenáculo, Nossa Senhora, algumas mulheres… contrariando aos médicos que falam da ressurreição após comas e doenças de quase morte. A ressurreição dos médicos, onde a pessoa morre e diante de algum procedimento acorda, não parece com a ressurreição de Cristo, que não morre. E é onde começam nossos questionamentos e a ciência não explica a ressurreição de Jesus. Daí entramos no âmbito da fé. Sabemos que esse momento foi decisivo na vida de Jesus, a sua ressurreição. Não é um fantasma que aparece, é o envolvimento do filho de Deus que vai se envolver com o Pai na dimensão do eterno e da divindade de Deus.
Lembrou de uma das leituras da noite que compara a nossa ressurreição com a de Cristo. Nós vamos passar e sentir na nossa vida essa experiência e essa satisfação. Esse é o amor onde a fé não será uma teoria, e sim um acontecimento. De fato, Jesus morre e ressuscita. Está vivo!
A complicação que temos de entender é a mesma que os apóstolos e Maria tiveram no cenáculo. Como compreender? Não vamos atrás dos argumentos da ciência que não tem como explicar. O que vemos é a experiência de Deus em nossa vida. E se quisermos entender a ressurreição, é o fato de estarmos aqui reunidos assim como nos domingos, em oração. É a comunidade que está em torno do Cristo vivo e ressuscitado e Ele se faz presente na eucaristia. E o fato de estarmos aqui, sem compreendermos, mas estarmos aqui, dentro do grande mistério.
Frei Clemente citou Santo Afonso que diz “Eu vivo de um amor enlouquecido, e é só esse amor enlouquecido que me faz entender o que é a ressurreição de Jesus”.
A nossa vida e a nossa fé não precisam ser grandes. Ela precisa ser forte. A fé é isso! É como um grão de uma semente que vai se transformar numa grande árvore. Isso que é a nossa fé e a nossa vida em Cristo. O centro decisivo, impressionante, não são os milagres que Jesus fez e nem a sua morte, será tão grande quanto a decisão de Deus na história, a ressurreição. E é isso que celebramos e vivenciamos hoje: A Ressurreição não está fora de nós, mesmo não tendo discursos, sabemos que Cristo ressuscitou e nós vamos ressuscitar. É isso que nos dá a certeza e a grandeza da nossa fé.
Em seguida, teve início a liturgia batismal com benção da água e aspersão do povo com a renovação das promessas batismais.
Ao final da missa, o pároco chamou os representantes das comunidades que levaram os círios para agradecer a cada um e pedir que eles sejam canal da Luz de Deus nas comunidades e que como paróquia franciscana pudessem ser sinal de acolhimento fraterno a todos que lá participam. Ele também agradeceu a todos os envolvidos que ajudaram a preparar essa tão bela e importante celebração.
Feliz Páscoa! Jesus Ressuscitou, Aleluia! Aleluia!