Na noite dessa sexta-feira, os irmãos da Paróquia do Rosário, vivenciaram um momento especial, de oração, devoção e demonstração de fé.
Tempo de quaresma é tempo de reflexão e penitência que nos remete à caminhada em busca da conversão. Como Paróquia Franciscana, após concentração no portão do Convento da Penha, iniciamos a Via-Sacra subindo em direção ao Campinho do Convento, meditando com São Francisco e tantos outros santos e santas, a Paixão de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Em cada uma das 14 estações, tivemos a oportunidade de meditar com cada cena da Paixão de Cristo. E em cada cena, os freis presentes e leitores, nos levaram a refletir sobre a agonia de Jesus, São Francisco que associava seus sofrimentos aos sofrimentos de Cristo, e também nossa luta cotidiana.
“A cruz que aqui está, representa a Cruz que carregamos no nosso dia a dia, representa nossas lutas, nossas dificuldades e, também nossas vitórias”, ouvimos no início da caminhada.
E fomos chamados a refletir: “E nós? Como encaramos a cruz de Cristo em nossa vida? Somente como um peso, um mal? O convite de hoje é que, cada um como Cristo, abrace sua cruz, assuma suas misérias, e por consequência reconheça a misericórdia de Deus”.
Na cena da Paixão de Cristo, Jesus caiu ao chão algumas vezes no caminho de sua crucificação. E nós, assim como Jesus, caímos por diversas vezes em nossos pecados e somos desafiados a levantar. “Os nossos pecados são o motivo da queda de Jesus. Quanto mais pecamos, mais caímos, mais sofremos. Porém devido a infinita misericórdia de Deus, temos a chance mais uma vez, de implorar o perdão do Pai, que em sua totalidade é amor”.
Seguindo com a reflexão acerca da Paixão de Cristo, fizemos uma analogia com a vida atual, onde “Jesus é despido de suas vestes”. Quantas pessoas na sociedade vivem sem dignidade, sem suas vestes, sem alimento, sem casa…
E por fim, o sofrimento de Maria, quando Jesus é retirado da cruz e teve seu corpo envolvido em faixas de linho, e lá estava Maria de pé junto a cruz e recebeu seu filho nos braços. Vale ressaltar a devoção que Francisco tinha por Maria, “justamente por seu papel na obra redentora: trouxe o Cristo e com ele esteve no Calvário. Colocou a Ordem Franciscana sob sua materna proteção e se enternecia ao considerar a pobreza e as dores de Maria. Esse carinho por Maria fazia-o ser compreensivo e caridoso para com os irmãos sofredores”.
Para encerrar a noite, ao chegarmos no Campinho, fomos surpreendidos com uma bela encenação de Maria, com seu filho Jesus morto em seus braços, e o sofrimento de Francisco junto ao corpo, chorando a morte de Jesus.
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