Após vivenciar a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, 60 dias depois do Domingo da Páscoa, a rica liturgia católica, convida para participar da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, ou Corpus Christi.
A história da solenidade de Corpus Christi, celebração cheia de beleza e significado tem seu início em 11 de agosto de 1264 com a Bula “Transiturus”. O decreto do Papa Urbano IV, foi confirmado pelo Papa Clemente V, no século XIV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.
No ano de 1317, o Papa João XXII publica o Corpus Júris, instituindo como dever levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. O Concílio de Trento (1545-1563), após a Reforma de Lutero (que negava a presença real de Cristo na Eucaristia), decretou a instituição da Festa de Corpus Christi.
No decreto o clero foi obrigado a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como “ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia”.
Já no século XX, “o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação”.
A Procissão de Corpus Christi é uma herança portuguesa, uma importante tradição brasileira. Como forma de demonstrar sua fé na Eucaristia e trazer a lembrança a caminhada do povo de Deus em busca da Terra Prometida, católicos trabalham na confecção de tapetes que enfeitam as ruas, com diferentes materiais e imagens da história.