Paz e Bem!
O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito que habita em nós! Depois de uma caminhada de cinquenta dias celebrando a Páscoa do Senhor, nos reunimos no último domingo (28), para celebrar a plenitude da Páscoa: o dom do Espírito Santo derramado sobre a Igreja.
A Solenidade de Pentecostes, dia do nascimento da Igreja. Dia em que a Comunidade é revestida pela força do Espírito Santo para ser testemunha do Senhor Ressuscitado, que a envia a anunciar o Evangelho a todos os povos, línguas e nações.
Nestes dias de expectativa à Vinda do Espírito Santo, a comunidade do Santuário de Vila Velha, que o tem como padroeiro, se preparou com fé e devoção rezando a Novena de Pentecostes. Hoje damos graças ao Senhor por todas as maravilhas que o Divino Espírito Santo realizou em cada um de nós! Redescobrimos a beleza e a alegria de ser discípulos missionários que respondem à vocação recebida e reforçamos nossa pertença a Deus e à Igreja.
Clamemos o Espírito Santo sobre todos nós e abramos as portas da nossa alma para que Ele possa derramar em nossos corações os sete preciosos dons: Dom da Sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus, ajudando-nos a enaltecer o louvor e a adoração a Deus. Vinde Espírito Santo, acende em nós a chama do Amor!
A missa das 19 horas no Santuário, última do dia do padroeiro, foi presidida pelo pároco frei Vanderlei Neves e a liturgia ficou sob responsabilidade do grupo de jovens da comunidade, também contando com a participação do coral regido pelo maestro Carlos Pôncio.
Logo no início da celebração, sete jovens entraram pelo corredor central trazendo as velas que acenderiam aquelas representavam os 7 Dons do Espírito Santo.
O frade começou sua homilia dizendo como esse é um dia especial: “Dia de fundação da nossa igreja e espiritualidade cristã, onde Deus manifesta aos seus discípulos a ação eficaz do Espírito Santo.”
Somos chamados a estar atentos e termos uma experiência edificante, mas isso também depende do nosso empenho e dedicação em realizar. O Espírito Santo é a presença de Deus em nosso meio, Ele que vai nos animando e encorajando. Se não fosse Ele ninguém estaria aqui cantando, participando da missa, sendo ministro, coroinhas… Ele Desperta em nós a fé, tem a nossa contribuição, mas é Ele que nos provoca.
Ora aparece como pomba, ora como vento impetuoso, ora como brisa suave, ora em forma de ar, como sopro vital que nos anima e dá coragem.
No Evangelho, Jesus entra onde os discípulos se encontravam com medo por conta da perseguição e se coloca no meio deles. Isso significa que Cristo deve sempre ser a centralidade das nossas vidas, nosso olhar e coração devem estar voltados para o Senhor. Ele deseja aos discípulos em meio ao medo, a paz. Paz esta alcançada com o auxílio do Espírito Santo. Paz que não significa ausência de problemas, pois todos temos nossas dificuldades humanas. Significa mesmo em meio a numerosos problemas manter a serenidade, porque tenho essa experiência e Ele vai me confortando. Mesmo em meio a realidade sofrida consigo enxergar esperança e manter motivação.
Como exemplo, frei Vanderlei citou Nossa Senhora, que a partir de um momento de dor se abre para uma grande experiência de fé que transforma vidas.
Na primeira leitura, o Espírito Santo se manifesta através do vento impetuoso, forte e aparece em línguas de fogo que se repartia entre os discípulos. A língua de fogo representa a linguagem do amor evangélico que perpassa pela disponibilidade, pelo diálogo, pela capacidade de ter a sutileza de observar a outra pessoa em sua totalidade e colocar em prática a compaixão que Jesus nos ensina.
Já a segunda leitura nos apresenta os inúmeros dons advindos dEle. Alguns são bem visíveis, por exemplo o dom de quem canta, que nos ajuda a rezar com tanta maestria e a profundidade que a missa pede, o dom de fazer uma leitura ou de ser ministro. Mas existem dons que não conseguimos enxergar mas que fazem grande diferença em nossas vidas.
Por exemplo, o dom do cuidar, como quem cuida do enfermo. Ninguém vê, mas Deus sim. Para ter essa atitude de cuidar de uma pessoa, precisamos da ajuda do Espírito Santo, se não pouca coisa podemos fazer. O dom de ouvir e sermos os ouvidos de Deus na vida da outra pessoa e canal da graça do Senhor. Ao ouvir o outro você se torna um remédio, ajuda ela a se reerguer e continuar a caminhada.
Todos estes dons são frutos do Espírito Santo, porque cada pessoa tem em si a essência do Sagrado e eles devem ser partilhados para edificar a vida de quem está ao nosso lado, das nossas famílias e da nossa comunidade. Assim experimentos a paz pregada por Jesus.
O pároco completou: “Tem que ter meu empenho e dedicação em se abrir ao projeto de Deus e se tornar canal da graça do Senhor. Ter a percepção de que o outro pode ser esse canal que tanto preciso.”
E terminou, dizendo: “Que o Espírito Santo continue animando a cada um de nós a bem vivermos nossa fé. Que cada dia ao amanhecer possamos agradecer o dom da vida e a presença do Senhor ao nosso lado, na alegria ou na tristeza.”
Ao final da missa, frei Vanderlei agradeceu a todos que participaram dos dias de Festa no Santuário, os que ajudaram, doaram e contribuíram de alguma forma. Ele saudou com vivas e palmas o Divino Espírito Santo. ]
Na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa luz e acendemos o círio pascal. A luz do Círio nos acompanhou nestes cinquenta dias. Neste dia de Pentecostes, ao concluir o tempo da Páscoa, o círio é apagado. Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado, agora nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no caminho
do Reino definitivo.
Após a celebração, ainda houve a última cantina destes dias de festa, destinada à campanha da aquisição do novo som e acústica do Santuário de Vila Velha.