Paz e Bem!
Nesta quinta-feira, 07 de outubro, festejamos solenemente Nossa Senhora do Rosário. O Rosário é a devoção mariana por excelência, a mais popular e a mais querida ao coração de Maria. Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.
Na Arquidiocese de Vitória, temos a alegria de ter a Igreja mais antiga em funcionamento do Brasil, e que leva o título de Nossa Senhora do Rosário, popularmente conhecida como “Igreja da Prainha”. Dessa Igrejinha, nasceram todas as outras igrejas da cidade de Vila Velha e não obstante, Nossa Senhora do Rosário foi declarada como padroeira do município canela verde.
A Paróquia Nossa Senhora do Rosário, está sob os cuidados dos frades franciscanos da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil desde 27 de setembro de 1942. Construída logo após a chega dos portugueses na capitania do Espírito Santo, a devoção mariana do Rosário se difundiu ao longo do tempo e chega até os dias de hoje.
Inúmeros são os devotos de Nossa Senhora, sob os seus mais variados títulos. E já que estamos celebrando hoje Nossa Senhora do Rosário, porque não contar um lindo testemunho de uma devota fervorosa dela desde muito criancinha? Quem conta para nós a sua história é Maria das Graças Cassaro da Silva.
“A minha história com Nossa Senhora do Rosário começa ainda bebê”, relata a mulher. Aos 9 meses de idade, quando morava no interior de Colatina, ela foi acometida por uma doença conhecida como osteomielite, uma infecção nos ossos, que a afetou de tal forma que Maria, naquela época ainda bebê perdeu os movimentos das pernas e não conseguia mais andar.
Até os dois anos de idade, ela ainda criança, não conseguia dar passos e nesse intervalo de tempo, sua mãe, foi até um lugarejo próximo de onde elas viviam em uma Igrejinha e fez uma promessa para que a saúde da filha fosse reestabelecida. Com as orações, Maria das Graças, conseguiu dar seus primeiros passos aos dois anos.
Com três anos, Maria e sua família mudaram de Colatina para Vila Velha e passaram a frequentar a Igrejinha do Rosário. Na Paróquia, Maria fez sua Primeira Eucaristia e daí em diante começou a participar de diversas atividades na Igreja, principalmente das coroações de Nossa Senhora do Rosário.

Na época, uma senhora que hoje já é falecida e que se dedicava muito à liturgia e aos eventos da Comunidade, era quem acompanhava Maria nas coroações. Era a dona Dionê Pires Martins. Após a sua morte, as sobrinhas dela pediram para que Maria das Graças, agora já crescida, pudesse dar continuidade ao belo trabalho de sua tia, e assim o fez.
Depois de muitos anos, já adulta, Maria descobriu para sua surpresa, que aquela igrejinha do vilarejo onde sua mãe pediu a Nossa Senhora para que curasse a sua filha, também tinha como padroeira Nossa Senhora do Rosário. E assim, então, podemos dizer que desde muito pequena, a Virgem do Rosário tem cuidado dela.
Emocionada, Maria das Graças relata que nunca se afastou da proteção da Virgem do Rosário: “Nossa Senhora do Rosário é meu esteio, é minha segurança, é minha fortaleza.”
Hoje, aos 58 anos, ela continua ativa na vida religiosa da comunidade nas equipes de canto e liturgia. Ensinada pelos seus pais, de modo especial seu pai, a devota conta que desde muito nova foi guiada a seguir os passos de Nossa Senhora, juntamente com seus irmãos e diz que a Igreja do Rosário, juntamente com o Convento da Penha, são seu porto seguro.
Em 2019, Maria descobriu um câncer de mama e uma metástase óssea e em plena quimioterapia nunca se afastou da Igreja. Segundo ela, viveu esse momento de sofrimento muito bem, “porque quando a gente está sob a proteção de Deus e da nossa Mãe do Céu, tudo pode em nossa vida. Eu vou falar para vocês, a fé da gente move montanhas, realmente. A gente não pode se entregar em momento nenhum. É ter fé, confiar e agradecer muito a Deus.”
Maria das Graças segue seu tratamento contra o câncer, que leva cinco anos e confia que se Deus a escolheu para essa missão é porque ela é capaz de vencê-la, sempre com a proteção de Nossa Senhora do Rosário.
Com este belo testemunho de vida e de devoção à Virgem do Rosário, queremos homenageá-la no seu dia com um grande: Viva Nossa Senhora do Rosário!
*Texto de Isabela Ladeira (PASCOM Paroquial para o site da Arquidiocese de Vitória)