Nessa quinta-feira, celebramos em nossa paróquia, o dia de Corpus Christi. A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo confirma o mistério celebrado na Eucaristia, e nos convida a adorar e louvar a Cristo no Sacramento Eucarístico.
Após a procissão de entrada com os freis da paróquia, os diáconos, ministros de Eucaristia, acólitos e coroinhas, frei Djalmo acolheu a comunidade, o padre Adelson, capelão da Marinha, e a todos os marinheiros presentes que ajudaram na celebração.
“A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é um dia especial de louvar a Cristo”, reafirmou frei Djalmo.
Após a leitura do Evangelho, frei Leandro prosseguiu com a homilia, lembrando que hoje recordamos a solene instituição da Eucaristia: “o sublime sacramento, remédio dos fracos. A medida que nós igreja comungamos, nos tornamos um, tal e qual Jesus. Celebramos o alimento que nos leva a vida eterna. Comungar não é um privilégio. Comungamos porque necessitamos. Não é um alimento para os soberbos, para os que se acham autossuficientes, mas para aqueles que desejam se tornar novas pessoas”.
Seguiu citando 1 Coríntios 11, 29: “Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor”. Frei Leandro explicou que comemos e bebemos indignamente quando comungamos sem ter perdoado o irmão, quando estamos distraídos na comunhão, todas as vezes que saímos da celebração e começamos a destilar o nosso ódio e quando tratamos as pessoas com desrespeito.
Ressaltou também que no momento da Comunhão, ouvimos “Corpo de Cristo” e respondemos “Amém”, pois é um sinal do nosso desejo de querer estar em comunhão com Cristo.
Ele explicou que, nesse momento, faz-se necessário que tenhamos piedade, respeito, zelo e postura adequada, recordando nosso aprendizado no momento de nossa catequese. “No momento que recebemos o Corpo de Cristo, nos tornamos sacrários vivos, o que torna sem sentido irmos à capela do Santíssimo após comungarmos”, ressaltou.
Após a Comunhão, frei Djalmo deu início aos preparativos para a procissão com o Santíssimo Sacramento que seguiu em direção à Igreja do Rosário, na Prainha.
Adorando Jesus, seguimos todos, sacerdotes, diáconos, ministros de Eucaristia, acólitos, coroinhas e toda a comunidade, em emocionada procissão com cânticos e orações em louvor a Cristo.
Durante a procissão, foram realizadas três paradas para reflexões. A primeira falava sobre a participação de Maria no mistério da Eucaristia, que foi o primeiro tabernáculo, onde Jesus habitou por nove meses: “o corpo que recebemos na Hóstia é o mesmo corpo daquele que nasceu de Maria. Esse corpo nascido de uma mulher é o Corpo de Deus”.
A segunda parada, refletia sobre a relação de São Francisco com a Eucaristia, um elemento fundamental na espiritualidade franciscana: “na Eucaristia se comunica o infinito amor de Deus a cada um. Sentimo-nos acolhidos e abraçados pela ternura do Pai. A Eucaristia nutre e revigora as forças para continuarmos a nossa jornada na terra”.
E por fim, a terceira foi sobre o relação do Papa Francisco com a Eucaristia. Para ele, o gesto de Jesus cumprido na última ceia é o extremo agradecimento ao Pai pelo seu amor e sua misericórdia. Foi explicado que Eucaristia em grego significa “Agradecimento”, sendo o supremo agradecimento ao Pai, que nos amou tanto a ponto de nos dar o seu Filho por amor.
Por fim, a procissão seguiu em torno dos tapetes ornamentais preparados com muito amor pelas nossas comunidades, chegando à Igreja do Rosário, onde o Santíssimo foi acolhido pela Banda do Exército.
Após orações ao Santíssimo Sacramento, frei Djalmo agradeceu a participação de todos, inclusive às comunidades que, com tanto empenho e criatividade, confeccionaram os tapetes e prepararam toda a celebração de Corpus Christi.