30º Domingo do Tempo Comum: “Todos necessitamos da luz”

Jesus aproxima-se de Jerusalém, onde sofrerá a paixão e a morte, e ressuscitará glorioso. Destes fatos nascerá a salvação para a humanidade. A salvação é comparada à luz. A cura do cego hoje, mais que fato acontecido, é um grande símbolo e, certamente, posta nesse lugar e momento de propósito por Marcos. Todo o episódio vem carregado de figuras e símbolos e, por isso mesmo, permite várias leituras, considerando que o símbolo nunca é unívoco. Jericó, a cidade mais velha do mundo, representa a humanidade, que precisa de salvação. Bartimeu, o cego, representa cada ser humano que, sozinho, não pode caminhar e não tem condições de alcançar uma meta. Cristo veio ao mundo para dar a luz aos cegos. Mais que aos cegos fisicamente, aos cegos espirituais, incapazes de acompanhá-lo a Jerusalém para participar do mistério da redenção. A humanidade se parece ao Bartimeu, isto é, ao filho de Timeu. Pai e filho, todas as gerações, necessitam da luz da salvação. Necessitam da cura de Jesus. Enquanto permanece cega, a humanidade fica sentada à beira da estrada. Recuperada a vista, pode seguir Jesus.

Frei Clarêncio Neotti, OFM27

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