Paz e Bem!
Na Comunidade Santa Clara, o povo fiel se reuniu, para em torno do Altar do Senhor, para celebrar o segundo dia do tríduo, em preparação para a Festa de Santa Clara, com o tema: “Vida de testemunho”. A Santa Missa foi presidida por frei José Clemente.
A comunidade abrindo a celebração, encenou por meio de uma jovem a leitura, de um trecho que ela escreveu à Inês de Praga em sua quarta carta:
“ABRACE O CRISTO POBRE COMO UMA VIRGEM POBRE. VEJA COMO POR VOCÊ ELE SE FEZ DESPREZÍVEL E SIGA-O. COM O DESEJO DE IMITÁ-LO, NOBRE RAINHA, OLHE, CONSIDERE, CONTEMPLE O SEU ESPOSO, O MAIS BELO ENTRE OS FILHOS DOS HOMENS QUE SE TORNOU POR SUA SALVAÇÃO O MAIS VIL DE TODOS, DESPREZADO, FERIDO E TÃO FLAGELADO EM TODO O CORPO, MORRENDO NO MEIO DAS ANGUSTIAS PRÓPRIAS DA CRUZ.
SE VOCÊ SOFRER COM ELE, COM ELE VAI REINAR; SE SOFRER COM ELE, COM ELE VAI SE ALEGRAR, SE MORRER COM ELE NA CRUZ DAS TRIBULAÇÕES, VAI TER COM ELE A MANSÃO CELESTE JUNTO AOS SANTOS.”
Em sua reflexão o presidente da celebração fez os seguintes apontamentos: “Essa grande santa da Idade Média, tem uma influência grande na piedade do povo até hoje. Nos últimos 40 anos, os Franciscanos passaram a cada vez mais, chamar: ‘Nosso Pai Francisco e nossa mãe Clara'”.
Clara foi conselheira de pelo menos quatro papas, que iam até ela buscar conselho, no tempo em que a Eucaristia passava por grades crises, por muitas hereges, que negavam a presença real de Jesus na Eucaristia. Conta-se até mesmo o episódio dos sarracenos, que queriam acabar com os grupos que eles chamavam de fanáticos, que eram os que acreditam piamente na presença verdadeira do Cristo na hóstia.
Tentando invadir o mosteiro, para abusar das irmãs e violar a Eucaristia, Clara toma um ostensório na mão, e diz: “Cristo que está na Eucaristia vai vencer e nos defender!”. Abrindo uma janela e expondo o Ostensório na janela do mosteiro, expulsou os sarracenos.
Clara foi a grande defensora do Cristo Eucarístico, por isso é chamada de Mulher Eucarística, tema do tríduo! “Considera e contempla”, dizia Clara, “o espelho não é feito para nos mostrar a nossa beleza, mas deve refletir o Cristo”.
Frei Clemente levantou também um questionamento: “Por que uma pessoa, no caso essa moça se torna santa? Como várias santas na história, tiveram influência de sua mãe. A mãe de Clara, dona Hortolana, rogou a Deus várias vezes, que conservasse sua gravidez, e ela escutou uma voz que dizia: ‘Que ela seria clara, luz para as pessoas!’ e por isso ela recebeu este nome.”
A bateria espiritual dos Franciscanos e das dioceses, são os mosteiros das clarissas, que rezam pela missão de todos os fiéis. Essas irmãs deixam o mundo e vão viver o mundo para Cristo, na fraternidade, na oração e no silêncio!
“Clara de nome, mais clara de virtude e claríssima em santidade!”, concluiu o frade.
Logo após a Santa Missa, tiveram venda de quitutes e confraternização entre os fiéis e sorteio de brindes.