Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus: “Bendita entre todas as mulheres”

Quantas vezes rezamos: “Santa Maria, Mãe de Deus!”. Apesar de tantas vezes repetida, é a expressão mais carregada de mistério que tem o Cristianismo. Da maternidade divina de Maria brotam todos os outros privilégios marianos. Deus poderia ter escolhido outro caminho para o surgimento de seu Filho no mundo. Poderia ter aparecido já adulto, pronto para a pregação. Talvez seria até mais fácil compreender a ação divina na redenção. Mas Deus preferiu que seu Filho nascesse de uma mulher (Gl 4,4), e esta mulher foi Maria, mulher como todas as mulheres. Maria não é apenas a mãe física do corpo humano de Jesus. Ela é mãe da pessoa Jesus, que tem inseparáveis as duas naturezas: a divina e a humana. Oculta a divina em sua vida terrena, manifesta a humana em tudo, menos no pecado (Hb 4,15). Mas inseparáveis as duas. Por isso, Maria é mãe de Jesus homem e mãe de Jesus Deus. Através do Arcanjo Gabriel, Deus lhe pediu o consentimento (Lc 1,31). Ela aceitou (Lc 1,38). E a partir daquele instante passou a ser a bendita entre todas as mulheres (Lc 1,42), A maternidade divina de Maria é um dogma de fé, proclamado pela Igreja no Concílio ecumênico de Éfeso, celebrado em 431.

Frei Clarêncio Neotti, OFM01

 

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