Paz e Bem!
Neste domingo, 1º de maio, a Comunidade São Marcos celebrou solenemente seu padroeiro após três dias de preparação para a grande festa. A festividade teve início com uma procissão nas ruas ao redor da igreja, com paradas em locais importantes na sua história, onde foi refletido sobre o início da comunidade até os dias atuais.
Na primeira parada, a reflexão foi “Onde moras Jesus?” (Jo 1, 35-39). A Comunidade São Marcos nasceu de um chamado. No final da década de 1970, três mulheres deram início a um grupo de catequese, pois a igreja mais próxima era o Santuário de Vila Velha. Era necessário seguir Jesus na vida cotidiana, preparando a sua casa, acolhendo aqueles que mais necessitavam. Saber onde Jesus mora é encontrar-se com Ele, na oração, na ação e na meditação de sua palavra.
Com o tema “Como procurar Jesus?”, aconteceu a segunda parada. A comunidade nasceu da necessidade de acolher crianças e lhes ensinar a palavra de Deus. As catequistas ensinavam, conforme a palavra de Deus. Os encontros de catequese eram feitas aos domingos, após o almoço, na casa da D. Laura, onde as catequistas formaram uma turma de primeira eucaristia e a celebração aconteceu no Santuário de Vila Velha, pois lá ainda não existia uma comunidade formada. Após a formação desta turma, uma família cedeu um lugar mais amplo na Rua Thomas Antônio Gonzaga, onde os cultos começaram a serem realizados até a aquisição do local onde hoje se encontra a comunidade.
E na última parada, os fiéis foram convidados a refletir “O que darei a Jesus quando o encontrar?”. Certamente esta resposta é bastante pessoal. Cada um de nós tem uma resposta diferente, pois cada um dá o que tem de melhor. Enquanto comunidade o que podemos dar de contribuição, podemos ajudar com nosso serviço?
Logo após a procissão, o pároco Frei Vanderlei, presidiu a Missa em honra ao santo evangelista. Em sua homilia, ele começou dizendo que todas as vezes que celebramos um padroeiro ou santo, isso de alguma forma deve nos servir como exemplo de seguimento a Jesus Cristo. Eles são santos não por merecimento mas por graça de Deus.
Nós devemos trazer os sinais que os santos nos deixam para a nossa realidade atual. Falar novas línguas, a linguagem do evangelho, do amor. Expulsar os demônios, tudo aquilo que nos distancia do amor de Deus.
O pároco lembrou que é exercício de todos os cristãos parar e pensar o que nos distancia do projeto de Deus e se estamos colocando Deus como algo secundário em nossas vidas e lembrando dEle apenas no momento de dor e sofrimento.
A nossa missão é tirar proveito até mesmo de coisas que nos desagradam, situações difíceis, para tentar ao máximo usufruir da serenidade e da paz interior.
Outro ponto destacado pelo frade em sua reflexão é o poder que temos em nossas mãos. Elas podem matar uma pessoa, não só no sentido de tirar a vida mas a dignidade do outro. Porém, elas também podem curar.
A mão que se estende para ajudar outra pessoa funciona muitas vezes como remédio de salvação para quem ajudamos. Isso é propagar coisas boas e despertar no outro aquilo que ela tem de melhor e é essência sagrada dada por Deus, e isto podemos fazer, depende da nossa escolha.
Ele então concluiu dizendo: “Que neste período pascal e nessa festa de São Marcos, tenhamos o mesmo vigor, a mesma fé e o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos, os apóstolos. Para que isso possa acontecer, é preciso ser uma pessoa confiável. Isso é uma dádiva de Deus, peçamos então a Ele esse dom!”
Ao final da celebração, foi feito um agradecimento especial a todos que após dois anos difíceis, com uma festa totalmente virtual e outra em formato híbrido, puderam voltar a se encontrar presencialmente com segurança graças ao avanço da cobertura vacinal, realizando a procissão, as celebrações e também as cantinas.
Isso é ser comunidade. Isso é ser testemunho vivo de Cristo Ressuscitado. Cada um colocando o seu dom a serviço. Jesus bate a nossa porta e cabe a nós se iremos abri-la ou não. Que São Marcos nos ilumine e nos oriente a estarmos preparados para seguir Jesus. Que abramos a porta para dizer: “Sim, Jesus, eu vou. Eu quero ser testemunha do teu amor!”
Na ocasião, também comemorou-se 7 anos do Terço dos Homens da Comunidade, que presenteou o pároco e uma criança em nome de todas as outras com singelas lembranças.